sábado, 28 de novembro de 2009

(ainda sem título)

Essa cidade imensa
Ficou pequena
Para minha dor
Quando me pus a caminho
Para voltar para o meu deserto
Por ruas onde há mais sofrimento e desespero
Do que o que eu sinto por dentro
E me envergonho de chorar sem motivo
Quando me comparo com o mendigo
Sem pão e sem amor
Enquanto eu sigo para o meu castelo.

Vejo os que não tem destino
Vagando para o ermo
Quem sabe procurando tanto quanto eu
Eu que pensei que já tinha me encontrado.
Vejo o que não tem o que comer
E se veste com trapos
Que mal podem esconder a fome e o frio
Enquanto eu choro a minha arrogância de não ter
Um tesouro
Envergonho-me de protestar por causa disso
Enquanto há tantos que já nem podem falar
E pedir abrigo.

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