quarta-feira, 26 de março de 2008

ANOS INCRÍVEIS



Estou assistindo aos poucos: são 115 episódios, de vinte e cinco minutos em média cada um. Consegui todos em DVD. Passou na BAND e na Cultura a décadas e acho que está passando em algum canal fechado. O seriado "Anos Incríveis", criado em 1989 por Neal Marlens e Carol Black marcou época e inovou no padrão das chamadas "sitcom" americanas, ao contar a história de uma típica família suburbana aos olhos do garoto Kevin Arnold (Fred Savage). Ao longo das seis temporadas da série, acompanha-se o dia-a-dia de Kevin, - contado por ele mesmo quando adulto - , suas aventuras e desventuras no colégio, na turma de amigos - o melhor é Paul Pffeifer- , em suas primeiras experiências no trabalho, no convívio nem sempre harmonioso com a família, (o irmão Wayne, um tremendo "mala" que o diga), nas suas frustradas relações com as garotas, entre elas a sua eterna musa Winnie Cooper (a bela Danica McKellar); tudo isso embalado pela excelente trilha sonora, com centenas de hits dos anos 60 e 70, garimpados de standards do jazz americano, do rock 'n' roll, de blues e R&B e pelos acontecimentos políticos, econômicos e sociais da época - a Guerra do Vietnã, o assassinato de John Kennedy, o advento dos hippies, as transformações no comportamento dos jovens. É uma empreitada momunental, muito bem realizada, com ótimos dialógos, direção, fotografia, roteiro de primeira, com excelentes atores - sem contar com as participações especiais - situações cômicas de rolar de rir, mas com momentos de pura poesia, sensibilidade e delicadeza. É bem certo que cada um de nós tenha passado por uma das situações que Kevin experimenta na vida: todos nós já nos apaixonamos desde sempre pela garota do vizinho, já brigamos na escola, já tentamos aprender a dirigir; todos nós tivemos um chato como irmão, um pai durão e coração mole ao mesmo tempo, uma mãe superprotetora e superdedicada, tivemos uma irmã meio rebelde e meio criança; todos nós já passamos pela aventura que é crescer, que é tornar-se adulto, que é abandonar os brinquedos e assumir as responsabilidades e os compromissos. Ou nas palavras do próprio Kevin: "Crescer é sempre difícil, não importa a idade que você tenha".

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