terça-feira, 5 de agosto de 2008

O NARCISO CEGO

Vieste no escuro, pois eu te senti
Perturbando de noite o meu sossego
Não te reconheci no meu olhar, até me repetir
no seu alheamento
Custei a acreditar
Quis até fugir com medo
Mas tiveste braços tão suaves
que eu me rendi
Vieste no ar, sem me dizer,
Só fui notar quando já estava preso
Chegaste em segredo, eu vi,
E mesmo assim eu fiquei surpreso
Roubaste a chave da minha casa
Que eu pensava que havia perdido
Entraste em minha vida em silêncio:

O espelho mais belo que eu já tinha visto.

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