terça-feira, 5 de agosto de 2008

O OUTONO DO ANO PASSADO

É mentira dizer que não te espero:
É a vida que me disse isso, agora à tarde
Todas as coisas de que me lembro trazem um nome impresso
A cena de um livro a ser escrito
O vento que carrega as folhas secas
E leva uma palavra ao pensamento;
É inútil para mim, a esta altura
Desejar o esquecimento
Tudo na história traz um rosto antigo
Que ri no retrato:
Uma lágrima desce a minha face.
No outono do ano passado, num dia cinzento como hoje mais cedo
Eu te via como no sonho eu vejo agora, tão tranqüila
Caminhando em silêncio, pensando na vida
De vez em quando me olhava
De vez em quando sorria
E eu nunca dizia que te amava.

Um comentário: