sábado, 10 de janeiro de 2009

"ORQUESTRA VAZIA"


Flagrante da galera do escritório "abafando" no Karaokê na última festinha de Natal.

(com informações de uai.com.br/dzaí)

Deu no jornal: o Karaokê, aquela cantoria desafinada em cima de uma base eletrônica pré-gravada, foi eleita a pior invenção tecnológica de todos os tempos. A pesquisa, financiada pelo governo britânico, ouviu cerca de dois mil e quinhentos adultos. Quem é que nunca se irritou com aquele sujeito (em geral, já "calibrado") que assassina a sua canção predileta ao microfone do karaokê? Para Kane Kramer, diretor do Instituto Inglês dos Inventores, o karaokê merece mesmo o topo da lista. "Ele é anti-social. Você geralmente vê em karaokês a proporção de 10 pessoas que querem cantar para 150 pessoas que têm que suportá-las", diz. Essas quinquilharias eletrônicas são invasivas, incômodas, deixam de levar em conta que, a despeito do direito das pessoas de se divertir, também deve ser respeitado o direito dos outros de não ser incomodados. Claro que você vai dizer: os incomodados que se retirem. Aí poderíamos perguntar: mas porque uma pessoa tem o poder de expulsar o outro de um ambiente coletivo, em que todos foram convidados a partilhar um momento de descontração?
O Karaokê surgiu em 1971. A invenção odiada por alguns foi criada pelo japonês Inoue Daisuke. Ele combinou o aparelho de som de um carro com um amplificador e microfones. O nome significa “orquestra vazia”.
Falando em karaokê, lembra daquele "telegrama ao vivo" que é quando pára um carro de som na porta da pessoa que vai ser "homenageada" pelo seu aniversário ou por alguma outra data importante? Em alto e mau som, em geral com uma trilha sonora baranga, o "locutor" recita um texto pré-fabricado, tão brega quanto a música. Resta saber se o "homenageado" não morre de vergonha e não tem a tentação de romper imediatamente com o autor da "homenagem"...esse costume, para sorte de todos, tem andado meio fora de moda ultimamente. Certa vez, o então prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, disse que o telegrama ao vivo merecia "o prêmio Nobel da breguice" e estudaria tomar medidas para coibir a prática que, aliás, pode muito bem ser categorizada como poluição sonora.

Nenhum comentário:

Postar um comentário